14/06/2009

CARTA A UMA AMIGA QUERIDA (e a todos os amigos das "Janelas do Zeca")

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E-mail enviado a uma amiga querida - uma das minhas paixões - e cujo texto serve de despedida aqui...





Amiga querida!

O que anda acontecendo conosco? Sempre foi muito triste assistir ao fim de um blog, onde o autor colocou sonhos e esperanças. Onde procurou, encontrou, se decepcionou, foi feliz. Onde colocou parte da sua vida, das suas experiências, do seu conhecimento e até mesmo do seu desconhecimento. Creio que toda a expectativa que nos leva ao impulso de criar um blog é uma energia que gera movimento para a frente, uma contínua procura de realização pessoal, pelo menos naquela telinha que leva a nossa marca. E me pergunto: o que acontece que, um dia, não sem sofrimento (acredito nisso!), tomemos a corajosa decisão de colocar um ponto final em tudo aquilo? Em que, corajosamente, mudamos uma rotina que foi nossa companheira por um espaço de tempo, deixando um espaço vazio em nossas vidas, que até pode ser preenchido por outras coisas, outros interesses, outros afazeres, mas nunca deixará de ser "aquele" espaço que foi ocupado pelo "nosso blog". Em que damos as costas aos nossos "vermelhos", às nossas "janelas", àqueles nomes criados com tanto carinho, com tanta expectativa... não sei. Não tenho respostas, apenas questões. Mas entendo e respeito a decisão tão corajosamente tomada por você, de colocar o ponto final e definitivo no espaço criado para interagir com tantas pessoas que passaram a admirá-la, a amá-la, a procurá-la, a tomá-la como exemplo, inspiração. E também invejo essa coragem! Pois eu não a encontro e deixo as minhas janelas abertas, solitárias, carentes dos meus cuidados e das visitas das pessoas que ajudavam a dar-lhes vida. Quando penso em escrever um texto definitivo para despedir-me dos amigos e visitantes, brota uma última esperançazinha lá no fundo de mim mesmo que impede esse ato e me faz adiar o inevitável. É difícil! Muito difícil jogar a última pá de terra sobre o túmulo de um blog que tanto representou em nossas vidas! Mas é isso que deve ser feito quando a inspiração se vai, a esperança se esconde, os sonhos evaporam e a inércia toma conta da nossa vontade. Talvez seja essa coragem que eu esteja buscando ao redigir este texto dirigido a você que acaba de tomar sua decisão e de agir rapidamente, antes que o arrependimento se abata sobre você. Como você tem sido, ao longo dos últimos cinco anos um dos meus modelos, talvez eu esteja me aproveitando disso para disfarçar a minha covardia e, finalmente, fechar as Janelas do Zeca. Obrigado, amiga! Obrigado pelos anos de companheirismo, de cumplicidade e por todas as coisas boas que você, generosamente, me ofertou. Eu sei que lá no fundinho do meu coração uma chamazinha quase apagada insiste em deixar-me com a esperança de que, um dia, a Fênix que a habita vença ainda uma vez a anunciada morte desse vermelho que tanto nos inspirou. Enquanto isso, deixo-lhe os meus desejos de vida, amor e paixão, que eu sei que são o círculo contínuo que move a sua vida.

E deixo o meu beijo, de ontem, de hoje, de amanhã e de sempre!

Zeca.

Deixo a todos o meu beijo, o meu carinho e, desde já, a minha saudade.




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03/06/2009

Trivialmente

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Os (meus) amores (im) possíveis


Às vezes acordo me perguntando se é possível amar uma pessoa que não nos ama ou que ama outra pessoa, sem chegar a um acordo comigo mesmo sobre a resposta. Ou porque sou suspeito, pois existe a tendência de encontrar respostas que me satisfaçam, ou por não ficar satisfeito com a mais óbvia, que é deixar de lado um amor que apenas me trará sofrimento e desilusão.

Não creio que possamos controlar os sentimentos, muito menos o amor. Podemos até querer amar alguém que nos parece ser o retrato da pessoa que procuramos, mas isso também é impossível, pois a seta do Cupido é imprevisível e, muitas vezes, nos acerta no local e na hora errados.

Então, amigos! Estou novamente no Palimpnóia... se quiser me dar o prazer de ler o texto inteiro, basta seguir o link, clicando aqui ou na palavra Palimpnóia. Depois, deixe seu comentário. Ele é importante para mim e para todos nós.

Por enquanto continuo apenas no Palimpnóia, quinzenalmente. Sempre às quartas.

Obrigado pela sua amizade e pelo seu carinho.

Até breve!



imagem: Sá Fleitas - Mea Culpa

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